quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O tempo III

Sem alternativa Miso seguiu acompanhado do seu insistente e indesejável mestre até o esconderijo do desfalecido corpo. Miso abaixou-se se esticando para dentro do buraco da velha arvore, arrastou o corpo de Sifer para fora retirando as folhas que o cobria, se  levantou  posicionando-se frente ao corpo  impôs as mãos sobe ele, e pronunciou o mantra de revitalização, mas era inútil, após diversas tentativas Miso  exausto :
                   Mestre nada esta acontecendo, não adianta!
                   Continue. – insistia Sifer inconformado.
Miso, mesmo exausto continuou a posicionar as mãos sobre o desfalecido Sifer que der repente começou a tremer e levitar centímetros, Sifer de imediato se entusiasmou., repentinas N
nuvens negras cobriram o céu, a suave brisa tornou-se um vento norte, carregando as folhas fazendo-as circularem no ar e como um prenuncio do redemoinho vertical se instalava trazendo com sigo a revelação em seu interior : Serápias o senhor dos abismos, que sisudo encarava Sifer:
                 –  Onde você pensa que vai?
Sifer sentindo-se confrontado encarou Serapias, e logo percebeu que a energia que precisava vinha de  Serápias ,este insatisfeito de dentro do redemoinho, ergueu a mão acorrentada em direção a Sifer e disse:                                                   
                   – Venha! Seu tempo acabou! – E uma força incontrolável acompanhada de raios fluídicos maléficos foi puxando e arrastando a essência de Sifer para dentro do redemoinho, enquanto Miso era mero expectador,
                   – ESPERE! – Gritou Sifer. No instante que  era sugado pela força, insistiu:
                  –  Você pode me ajudar!Olhe! – Apontava para seu corpo na iminência de ser  reanimado!
                 –   Há não diga! VOCE AGORA É MEU! – Disse Serapias. – Retraindo bruscamente a mão, e puxando bruscamente a essência de Sifer para dentro do olho do redemoinho que logo se  fechou.

Miso sem compreender nada e mediante ao súbito silencio que foi quebrado com o barulho do impacto da queda ao chão do suspenso e inerte corpo de Sifer,  e logo foi coberto parcialmente  pelas folhas que caíram sobre ele.
  Miso o puxou escondendo-o novamente dentro da oca arvore fazendo outro amontoado de folhas  colocando-o debaixo. 



XII – Estátua de gelo

Na manhã seguinte, no acampamento dos perversos:
– Vamos, seus preguiçosos! – Ordenou Sifer, cutucando com o pé os discípulos deitados.                 
Miso, antes de prosseguir viagem, verificou as bolsas de água:        
– Mestre, nossa água está terminando. – Advertiu Miso.
– Não há problema! Seguiremos pelo leito do rio, vamos! – Sifer respondeu.
Seguiram viagem através da mata em direção ao rio. Miso, descontente pela escolha do caminho, tentava argumentar durante a caminhada:
– Temos que nos apressar! E se eles chegarem antes ao monte?
Sifer atento à sugestão parou de caminhar, jogando-se à frente de Miso e encarando-o nos olhos, disse:
– Mesmo que cheguem antes no monte, seus poderes serão praticamente nulos, porque eles não têm o pentagrama, eu tenho o pentagrama.     
 Chegado ao leito do rio, Miso ordenou aos discípulos:
– Encham as vasilhas! – Sifer aproveitou o momento e se afastou do rio à procura de raízes de árvores que nasciam somente nas proximidades daquele rio. Miso o seguiu, a fim de ajudá-lo, se necessário. Enquanto os três discípulos ajoelhados à beira do rio mergulhavam as vasilhas dentro d’água, o movimento das águas mudava de direção. Os discípulos emergiam as vasilhas e as colocavam novamente submersas, na tentativa de enchê-las, mas a água não entrava nas vasilhas. Foi então que um dos discípulos disse:
– Vamos entrar?
Os discípulos entraram no rio, ficando a alguns centímetros da margem. Novamente se abaixaram mergulhando as vasilhas dentro d’água, que continuavam a mudar de direção. As águas tornaram-se redemoinho entre os pés dos discípulos, que foram sugados para o meio do rio. Desesperados, os discípulos se debatiam, na tentativa de saírem do redemoinho enquanto gritavam por socorro:        
– Mestre! Mestre! Ajude-nos!
Os gritos chamaram a atenção de Miso, que prontamente correu em direção ao rio, deixando Sifer para trás. Enquanto Sifer com curtos passos e despreocupado retornava do bosque, trazendo consigo algumas raízes de árvores. Ate que avistou de longe Miso a beira do rio levantar a mão em direção aos discípulos que se afogavam, puxando-os do redemoinho até a margem. Sifer, indignado com os fatos, largou as raízes ao chão e apressou o passo, estampando uma fisionomia ainda não conhecida pelos demais. Aproximando-se do rio, gritou:
– Nifeia, sua... Apareça, vamos! Apareça! É uma ordem!
Nifeia não deu as caras. Continuou dentro de sua gruta de madrepérolas, sentada em uma pedra, cantarolando, fingindo nem ouvir os intensos gritos de Sifer. Mas toda essa gritaria chamou a atenção de Migdy, uma sereiazinha curiosa, que colocou a cabeça fora d’água para ver o que se passava. Sifer, vendo a sereiazinha, deu um sorriso irônico, e disse:
–Você não vem, Nifeia? Essa serve! Vitale est potestas mea.  – Estendendo a mão com os dedos entreabertos em direção a sereiazinha, e  fechando a mão vagarosamente trazendo-a em direção ao peito. Sugando aos poucos a vitalidade de Migdy, que sentindo tudo ressecar olhou para as mãos que enrugavam  e, instintivamente, olhou-se no reflexo da água, vendo seu rosto envelhecer, apavorada leva o às mãos no rosto, dando um grito desesperado:
– Nãooooo!
Nifeia espiou entre as fendas da parede da gruta, vendo  Sifer com os braços entreabertos se deleitar com o fluído da sereiazinha.
– Ah, eu precisava disso! É revigorante! – Disse Sifer aliviado.
– Nifeia enfurecida saiu da gruta, cantou com um som de mil sereias, provocando que inúmeros pássaros do bosque voassem assustados. E mergulhou no rio, levantando sua enorme calda azul, e lançou um jato d’água capaz de transmutar o Elemental. Antes que o jato d água chegasse a Sifer, ele, estendeu a mão e o congelou em pleno ar. Nifeia, foi congelando gradativamente, até o gelo se expandir pelas águas do lago, e atingir todas as ondinas, as quais tentavam fugir, mas eram alcançadas pelo gelo. Migdy, Nifeia e as outras sereiazinhas se transformaram em estátuas de gelo dentro do rio completamente congelado. Miso observou o feito de Sifer com reprovação:
– Mestre, por quê? O caminho será longo. Precisamos de água!
Sifer, com uma postura bastante arrogante, ignorando Miso, sussurrou: – Não preciso seres inferiores!
Miso, pela primeira vez, enxergou a face de Sifer. Baixou a cabeça, desolado juntou-se aos demais discípulos. Durante horas, permaneceu calado a meditar, lembrando-se das histórias contadas sobre os feitos do perverso e impiedoso Sifer, que destruía tudo e todos que o desagradassem. Debaixo daquela capa se escondia, mais que um corpo mirrado.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Sou Adeline Schaewer autora dos Livros Devas os mensageiros, Aline e as Aventuras de Bayron ...



                                                                                                                            
         


CAPAS DOS LIVROS DE ALINE SCHAEWER ILUSTRACOES 


https://www.amazon.com/Devas-Mensageiros-imaginário-refletindo.../B00TE4EWX4
                                                                                                                                 
             www.xinxii.com/pt/devas-os-mensageiros-p-346853.html

            https://www.casadellibro.com/...devas-os-mensageiros.../2296946

Faço um pouco de cada coisa, ou tento. Escrevo, desenho, mas tudo na minha medida. Escrevo para não enlouquecer, desenho para complementar a escrita, e procuro ser uma pessoa melhor a cada dia. Se eu pudesse viveria dentro dos mundos que invento.

Sempre questionei o que vim fazer no planeta. Qual era minha missão ? Enquanto não tinha resposta eu apenas escrevia.O tempo passou e continuei questionando.Horas escrevia outras engavetava tudo. Até que  enviei a estória para um roteirista de cinema, eu disse: porfavor se não for legal e não tiver talento não fale nada . O tempo passou, a resposta veio, recebi só elogios e algumas dicas é claro. Isso me deu coragem de prosseguir escrevendo. E acreditar na frase :você tem talento!