As Aventuras de Bayron



  As aventuras de Bayron





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   Era uma vez, um lugar chamado o bosque das andorinhas, lá havia muitas arvores flores e uma grama bem verdinha. E nela havia diversos formigueiros, sendo um deles , o formigueiro das formigas Kaly.





        No formigueiro das formigas Kaly, havia uma formiga muito especial chamada Bayron, ela tinha muitos afazeres, e todos os dias levantava bem cedinho, ia até a dispensa para ajudar  o velho amigo Bily a servir o café da manha das grandes e encrenqueiras  formigas guerreiras .



   Então, pela manha Bily e Bayron entravam no salão mais importante do formigueiro, a sala de jantar dos formigões, e traziam sobre as patas uma bandeja repleta de alimentos e os colocavam sobre a mesa, enquanto os formigões conversavam, comiam e bebiam sem a menor cerimônia. 







    Alguns dias depois...
    Bayron foi mudado de tarefa a de se juntar às formigas operarias em busca de alimentos nos jardins ao redor do formigueiro, mesmo trabalhando tanto sempre arrumava um tempinho para brincar com suas irmãs.




Mas um dia ao retornar dos jardins carregado de folhas andando encurvado e lentamente Bayron se depara com dois formigões guerreiros conversando, mas ao vê-lo uma deles da uma batidinha nas costas de Bayron que se desequilibra deixando cair algumas folhas, o formigão diz:
   Tá pesado garotão? hehe
   Um pouco senhor! – Respondeu Bayron sem encarar os guerreiros enquanto catava as folhas que caíram ao chão. Os formigões continuaram a conversar:

    A baba está nas ultimas.
Bayron ouviu o comentário, imediatamente lembrou do seu amigo Bily, se apressou em catar as folhas e retornar ao formigueiro. Entregou as folhas na dispensa e correu em direção ao berçário: 
   – Bily. Bily. – Bayron chamava ansioso.
   – Psiu! Disse Marix com lagrima nos olhos: – Você vai acordar os bebes!Meu pai esta. –Deu um suspiro, e continuou: – No quarto.
Bayron contagiado pela tristeza de Marix, não conseguiu dizer nem uma só palavra, simplesmente virou-se e foi ao quarto do amigo.
Tok!Tok!
   – Entre! –Sussurrou Bily enfraquecido.
   – Quem está ai? Vamos se aproxime! –Disse Bily enfraquecido.
   – Sou eu Bayron!
   – Vamos venha, mais perto quero velo, sou um velho já não enxergo mais como antes. – Disse Bily enquanto tossia.
   – Eu ouvi dizer que... Disse Bayron preocupado.
   – É eu sei, que estou nas ultimas, mas ainda tenho tempo para mais uma estória, venha sente-se!Batendo com uma das patinhas na cama:





 Quando eu era jovem assim como você, eu também tinha as mesmas tarefas, servia a mesa dos guerreiros, buscava alimentos com as operarias jardineiras, até que um dia daqueles bem quentes e sem nuvens, eu me afastei um pouco das irmãs , primeiro fui à beira do lago me refrescar depois farejei dois torrões de açúcar daqueles bem grandes, e quando eu fui pega -los, saiu entre as folhas uma formiga ofegante e apavorada, ela caiu ao chão, mas seu  cheiro não era das nossas irmãs, então questionei: quem é você?









   A formiga mesmo caída me encarou e disse sussurrando:
   – É você deve ser uma das pobrezinhas!Você cheira igual a eles!
Imediatamente pensei: “Eu não sou pobrezinha coisa nenhuma.”













Eu sou do formigueiro das belas águas que acabou de ser atacado pelos formigões e carregaram todo nosso alimento e como sempre os nossos ovos. – Explicava a pobre formiga caída ao chão, e ao terminar de dizer a frase surgiu do meio da grama um dos formigões e com uma lança em punho desferiu contra a pobrezinha que arregalou os olhos. Há pobre formiga parecia ser um guerreiro tinha garras enormes, e afiadas, mas se parecia com nos, você já pensou porque somos tão diferentes dos formigões?
 Bayron imediatamente respondeu ao amigo:

   –!Somos muito diferentes, somos menores, e trabalhamos duro! Você vai melhorar!Não vai?

Bily diante a tristeza do amigo disse:
   –Sempre devemos achar que tudo vai melhorar!Mas esse é o problema. Só fazemos o que nos é ensinado a fazer! – Começou a tossir:
   – E melhor você ir Bayron!
 Passaram alguns dias...

   As formigas guerreiras fizeram uma reunião no salão onde eram servidas pelas operarias, Bayron ao terminar de servir, recebe uma ordem: 
   – Feche as portas ao sair! – Ordenou um dos formigões. Fechada as portas, uma delas questiona: 
   – Bem, quem ira alimentar as recém chegadas?
As formigas fizeram um zunzunzun   falando ao mesmo tempo!Quando um dos maiorais gritou:
   –Silencio!
As formigas ficaram quietas, e o maioral sentado a mesa em lugar de destaque começou presidir a reunião:
   – Falem uma de cada vez! Bily não esta mais entre nós. Quem será eleito para suas tarefas?
   – Já tenho alguém em mente. O conselheiro sussurrou.
O presidente levantou os ombros e questionou:
   Quem?
   – Ora, Bayron! Quem mais poderia ser? – Respondeu o conselheiro.
Então os formigões chamaram Bayron, e deram a noticia: que ele seria o novo encarregado do berçário. Bayron surpreso com tal decisão imediatamente questionou:
   – Mas essa tarefa de Bily.
Bayron ignorado pelos formigões  imediatamente se retirou do salão, e foi ao quarto de Bily, encontrando a cama vazia, então ele foi aos jardins chorar a perca do amigo.
A joaninha Jalene de longe avistou Bayron. Ao se aproximar percebeu a tristeza estampada no rosto do amigo, e se apressou em aterrizar.
  






    
    – O que houve meu amigo? Disse Jalene preocupada.
    – Meu amigo morreu. – Explicou Bayron desolado.
   – Eu sinto tanto, tanto, tanto. – Jalene não sabia mais o que dizer. Então somente fez companhia ao amigo, até o anoitecer.
    No dia seguinte Bayron após suas tarefas, ao invés de retornar ao formigueiro com suas irmãs, ele ficou nos jardins mais um bocado, se sentou em um  velho tronco de arvore jogado ao chão, e meditou :






   
  A noite chegava rapidamente e Bayron pegou o caminho de volta para o formigueiro, quando um grito lhe chamou a atenção: socorro me solte!  –Curioso Bayron espiou entre as folhagens, e viu um grupo de formigões carregarem uma jaula.








Assim que os formigões entraram no formigueiro, Bayron discretamente seguiu o rastro de cheiro deixado pelo prisioneiro que os formigões carregavam. Bayron entrou em um túnel que ele nunca havia explorado, o túnel o levou direto ao prisioneiro.












Imediatamente Bayron pensou:
   – Deve se tratar de alguém muito importante, o que esta pobre formiga fez?
Curioso Bayron cuidadosamente espionou e driblou os guardas, e conseguiu se aproximar da porta do cárcere.






E foi logo questionando:
   – Hei! Quem é você?
A prisioneira ao vê-lo imediatamente se aproximou das grades da janela da porta e se apresentou:
   – Sou Mia a rainha do formigueiro das rosas amarelas, por favor, ajude-me! – E sem perder tempo estendeu a pata segurando um pequeno lenço,  e suplicou:
   – Pegue esse lenço e o leve a minha prima, a rainha do formigueiro das rosas azuis, e diga que o formigueiro das rosas amarelas foi invadido e eu estou presa, ajude-me, por favor!
Bayron temeroso em ajudar, mas tomado de compaixão segurou o lenço, escondendo-o, quando der repente um barulho inesperado  na sala dos formigões, fez com que Bayron mais que depressa se apressasse em sair do túnel fugindo dos olhos dos formigões.
   No dia seguinte Bayron vai aos jardins, da um tremendo assobio na esperança de chamar Jalene sua amiga joaninha, que não demorou em atender.
   – Você me chamou? Questionou a doce Jalene.
   – Preciso de sua ajuda, é uma missão muito perigosa, tenho que ir ao formigueiro das rosas azuis.
Assim, a doce Jalene carregou Bayron em suas costas.





Bayron viajou emocionado, pois nunca havia sobrevoado o lago, após um breve passeio, Bayron avistou o formigueiro das rosas azuis, e disse:
   – É logo ali adiante.
Então Jalene aterrissou. E não demorou muito para surgirem duas formigas sentinelas. Em sinal de paz Bayron levantou o lencinho e foi logo falando:
   – Vim trazer uma mensagem da rainha Mia do formigueiro das rosas amarelas.





As sentinelas conduziram Bayron até a rainha do formigueiro das rosas azuis. Enquanto era escoltado     achava estranho àquelas sentinelas se parecerem tanto com ele.
Chegando frente à rainha em sinal de reverencia Bayron ajoelhou-se, entregando-lhe o lenço disse:
    Senhora este lenço é de sua prima a rainha Mia, manou avisar que ela é prisioneira no formigueiro dos formigões.





A rainha observava Bayron atentamente até que resolveu falar:
   – Você é do formigueiro dos formigões?
   – Sim! Senhora.   –Disse Bayron.
   – Levante-se rapaz!Você nunca se questionou o porque os formigões são tão diferentes das formigas operarias do próprio formigueiro?       Meu jovem, você já percebeu a sua semelhança com minhas sentinelas?   – Você é uma formiga sentinela, foi preciso muita coragem para vir até aqui. E precisará de mais coragem para fazer o que vou lhe pedir. Agora rapazes dêem um banho no nosso convidado, pois ele cheira a formigões.    –Disse a rainha.
No jantar a rainha explicou seu plano:
   – Você meu jovem, ira retornar ao formigueiro dos formigões, e se perguntarem onde você estava ou que esta com um cheiro horrível ,Você dirá que foi atacado por algumas formigas, mas que conseguiu fugir, diga que uma das formigas o segurou e você lutou para se desvencilhar. Agora preste atenção o plano é o seguinte:...






Dois dias depois.

Bayron retornou ao formigueiro dos formigões, logo na entrada se deparou com um dos guerreiros que imediatamente o interrogou: 
   – Que cheiro é esse? Onde você estava? Se eu não o conhecesse.  Anda, vá tirar esse cheiro, e volte ao trabalho, você tem muito que fazer.
Então Bayron tomou um banho e retornou a suas tarefas, não esquecendo o combinado com a rainha do formigueiro das rosas azuis.







Então Bayron deu inicio ao plano, ao invés de colher as larvas da amiga lagarta mirmecófilas, Bayron juntou as larvas da lagarta mirmecófagas, inimigas das formigas.
Chegou o dia tão esperado, Bayron ouviu gritos vindos do berçário, então, ele correu até o berçário, e constatou que seu plano deu certo eram os formigões gritando:





   – Chame reforço!
   – A lagarta nasceu! Agora vou para segunda parte do plano. – Disse Bayron entusiasmado.
Foi ao túnel da prisão e gritou aos formigões que estavam de guarda:
   – Os formigões do berçário estão sendo atacados, corram!
  Na mesma hora os formigões sem questionar pegaram suas lanças e partiram em direção ao berçário. Bayron mais que depressa pegou a chave do cárcere.
   – Venha senhora!Os formigões estão ocupados, e sua prima já deve estar chegando. – Disse Bayron abrindo a porta do cárcere.



  

 Enquanto isso, um grupo de formigas sentinelas do formigueiro das rosas azuis invadia o formigueiro dos formigões, os surpreendendo.





    Então os formigões se dividiam para lutar contra as lagartas e os invasores do formigueiro.
Lutaram até perder a luta.




  
   Com os formigões dominados a rainha do formigueiro das rosas azuis sobe em um banquinho, e diz:
   – Estou muito feliz por ter derrotado os soberbos e saqueadores formigões, agora tenho que agradecer a Bayron, porque sem sua ajuda não teríamos conseguido. Bayron diga algumas palavras.
Bayron envergonhado subiu no banquinho e disse:
   – Hoje quero dedicar essa vitória a um amigo que não esta mais entre nos, meu querido amigo Bily, ele sempre esteve ao meu lado, me ensinando, e hoje se confirma a veracidade de suas estórias: que os formigões invadem outros formigueiros, surpreendem e matam  todas as formigas, e roubam todo o mantimento, seqüestram os ovos, e os criam como servos.
  









 Uns grupos de formigões encurralados, pelas sentinelas do formigueiro das rosas azuis, resmungaram agitados:
   – Não é bem assim!
   Provocando as sentinelas  das rosas azuis investir suas armas sobre eles.







    
Bayron ignorando os resmungos,  continuou:
    – Hoje é um dia feliz, para minhas irmãs que como eu foram roubadas e feitas de servas. A partir de hoje seremos livres! Quanto a  vocês  seus formigões se rendam!
    Os formigões diante das circunstancias e  muito a contra gosto: – Sim nos rendemos.
    A rainha imediatamente faz uma proposta aos formigões :
    –Vocês poderão continuar morando aqui, mas terão que trabalhar como todas as outras formigas, e quanto aos moradores operários desse formigueiro, eles devem continuar aqui, e como nunca tiveram uma rainha, nesse momento anuncio que esse formigueiro estará sobre os cuidados da rainha Mia. Houve contentamento entre os operários do formigueiro. Mas, Bayron ansioso pela resposta dos formigões diz:
    – Se eles não concordarem em viver em paz. E ajudar nas tarefas, eu sei onde podemos colocá-los. – E Bayron encarou Mia, a nova rainha do formigueiro, sugerindo as prisões.



                                           





Os formigões que sobraram se deram por vencidos, se renderam, e tiveram que trabalhar como todas as outras formigas.
















FIM.

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